Claro que os filhos sempre vão preferir os pais juntos e o processo de separação é estressante para todos os envolvidos. Contudo, existem meios de minimizar dano e ajudar a criança a passar por esse processo.
O conflito entre os pais, as mudanças na rotina da vida após o divórcio e os novos relacionamentos dos pais separados exigem do filho a capacidade de adaptar-se, dificultando o bem estar emocional da criança. O que é mais traumático para a criança é ser colocada no meio da discussão, ter que escolher um lado, ouvir que um dos pais não é bom mais.
Segundo Duarte (2006), quando um dos genitores passa a destruir a imagem do outro para os filhos, este se cala e vivencia dúvidas e inseguranças. As emoções e sentimentos da criança acabam sendo sufocados para não causar desagrado.
É comum crianças pequenas se culparem pela separação dos pais. Por isso, é importante que haja uma conversa tranquila com o seu filho, explicando que vão morar em casas separadas, mas sempre serão os pais dele, ou dela, com os quais sempre poderá contar, que o filho foi o melhor da relação dos dois e nada é culpa dele. Tire as dúvidas da criança ou jovem e não deixe as mágoas aparecerem.
O apoio e a orientação profissional para essa família que passa pela transição do divórcio é fundamental para o casal resolver questões e decidir se a separação é o que eles querem. Uma terapia de casal bem manejada auxilia em um processo de separação com decisões bem refletidas. O apoio da família e dos amigos nessa fase são essenciais. Para as crianças e jovens, a terapia infantil pode auxiliá-los a entenderem melhor o que estão sentindo, vivenciando e é um espaço para elaborar essa “perda”.
Dyesere Diandra Candiago Zanotti
Psicóloga - CRP: 05/59775
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